Centro de Saúde de Runa

A elaboração do projeto deste edifício tem como base a implementação de uma unidade de saúde do tipo 2 + URAP, para uma população de 7.000 utentes.

 

A nível arquitetónico exigiu a cuidadosa salvaguarda de vários aspetos fundamentais, tais como: o programa da ARS, a localização do edifício, a orientação solar, o movimento gerado pelos eixos orientadores do desenho paisagístico do Parque da Várzea adjacente e, essencialmente, pelo cuidado da Câmara Municipal de Torres Vedras ao requer o edifício elevado na sua implantação, com cota acima da última cheia no local, junto ao leito do Rio Sizandro.

 

A sobre-elevação do edifício é um aspeto importante para a criação das suas volumetrias e acessos, diluídas no conjunto e na envolvente. A transição para o interior do edifício é marcada por uma pérgula pontuada por uma árvore central, o que remete para a estrutura metálica e árvore centenária presente no centro da povoação, junto à igreja.

 

Se por um lado se promove o afastamento da construção para minimizar impactos com o ambiente natural onde se insere, procura-se igualmente uma aproximação na relação visual entre o elemento natural e o construído, uma vez que este posicionamento distanciado altimétrico favorece uma relação de contemplação e valorização do espaço envolvente, dentro e fora do edifício.  

 

Se por um lado se promove o afastamento da construção para minimizar impactos com o ambiente natural onde se insere, procura-se na mesma medida uma aproximação na relação visual entre o elemento natural e o construído, favorecendo uma relação de contemplação e valorização do espaço envolvente, dentro e fora do edifício. 

Plantas

É deste confronto que surgem as premissas principais do projeto que são espelhadas na imagem de objeto arquitetónico pela eleição de linhas limpas e formas puras que se opõem aos padrões e variedade das geometrias orgânicas dos espaços verdes.

O edifício materializa-se assim em dois volumes paralelepipédicos, de dimensão idêntica, que se afastam como duas partes de um todo, criando um pátio interior fundamental na iluminação natural e qualidade ambiental dos vários espaços.
Estes dois volumes coincidem e incorporam diferentes funcionalidades programáticas que comunicam entre si através de volumes transparentes que permitem a comunicação visual com o parque, diluindo-se no mesmo.

 

O programa é assim composto por uma área de receção e espera, área de apoio geral e administrativo, área de prestação de cuidados de saúde, com nove gabinetes e, tendo em conta os tempos de pandemia que se vivem, incrementou-se uma nova área de isolamento, para além do espaço para atividades exteriores, no espaço URAP, com dois gabinetes para terapias complementares.

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